quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tudo pela metade

Olá caros amigos da velha lata de lixo cibernética. Aqui eu venho, faço uso deste endereço virtual com intuito de escrever coisas que às vezes estou inspirado porém não quero amontoar a uma pilha de outros textos no facebook para ser apenas mais um texto. Embora essa velha lata de lixo tenha um número reduzido de leitores, quem entra aqui para ler, geralmente lê até o final. Eu não sei quem vai ler, eu não sei como você vai se sentir e eu não sei na realidade nem mesmo o que eu to sentindo nesse instante. Pois é, estou devendo eu sei por incrivel que pareça velhos, realmente velhos amigos e uns recentes que conhecem a minha história de vida falaram que eu deveria escrever um livro, já que tenho essa facilidade de comunicar e tenho uma certa afinidade com as palavras. É o mínimo né? Saber o português brasileiro, já que sou nascido aqui e e fiz um ano e meio de jornalismo. Contemos: 3 anos no "Prézinho" - 4 anos no primário - 5 no secundário, pois é, um possivel desnecessário ano extra negligência gerado por 0,6 décimos, aliás, pela a ausência desses 0,6 décimos na disciplina de matemática, uma professora cujo nome jamais me esquecerei NOELI, recusou-se a me passar de ano e eu não era lá um aluno exemplo para passar por conselho. Fica aí um aprendizado para essa "geração y" e até mesmo para quem está já é "geração x" ou "baby boommer" que resolveu retormar os estudos onde quer que tenha parado ou nem tenha começado. Não perca tempo, ele é valioso é uma das poucas coisas que não podemos recuperar na vida. Tempo, palavras desferidsa a outrém, socos ponta-pés e tiros a esmo, e alguns males gerados à sua sanidade mental e à sua integridade física, muitas vezes causadas por você mesmo em sua série de atos precipitados, ávidos e inconsequentes. E vamos acabar logo com isso, aí o ensino fundamental mais 3 anos, um deles talvez nem entre pra conta pois passar a carteirinha, virar e sair para ir aos bares não conta né? Supletiva (EJA) e ter que parar de ir frequentar as aulas em setembro por já estar estourado em faltas. Aí o meu vai e vem de faculdade em faculdade cursos incompletos porém que de certa forma agregaram alguma forma de conhecimento, não apenas acerca das disciplinas sugeridas mas a convivência mesmo com as adversidades que eu convivia na época. Enfim, para muitas coisas, eu não consigo chegar sequer um terço, minha vida sempre pela metade. Vê? Era pra ser um texto conciso e devivo ao horário eu condicinei minha mente a tentar ser breve e um pouco mais assertivo. Sem me perder pelas orlas, pelos cantos ir direto ao ponto mas não é assim que eu sou. Não apenas nesse texto, mas na vida. Eu não resumo, simplesmente porquê a nossa vida não é resumida. Embora há instantes atrás eu tenha escrito que eu faço tudo pela metade, eu me referia à vida. E agora sim vou entrar no fator de mérito, vou tentar, aos trancos, e barrancos, chegaremos lá. Pois é, irônico, lembro quando fiz terapia com uma psicóloga cujo nome prefiro manter sigilo, uma querida até hoje tenho consideração e admiração imensa por quanto ela se doa àquilo e o quão perspicaz ela é. Um terapeuta cognitivo comportamental tem que ser daquele jeito, tem que unir as peças e buscar soluções rápidas porém efetivas e não, nunca, JAMAIS, repito em letras garrafais JAMAIS usar frases prontas. Você para por uma consulta não para ouvir uma coisa que você consiga pensar por conta própria ou que ao menos já não tenha pensado ou que não seja tão óbvia para ser pensada que seu pensamento escorregou por ali por um instante mas lhe soou tão irrisório para a sua situação que você não esmiuçou ele dentro de sua mente. Engraçado, ela sempre me dizia: Cyro, pare de ter essa imagem na sua cabeça de que só porquê tudo está bem, alguma coisa ruim vai acontecer. Porém essa equação ela ainda não resolveu na minha cabeça e receio que nem vá pois eu não vou lá faz mais de dois anos. Eu creio numa forma de "equilibrio". Acho que na vida, não parei para perguntar um a um mas não ví ninguém numa posição em que pudesse estar sentado apenas aproveitando de fato a vida com todos os problemas resolvidos. Bem, cá entre nós, que marasmo, que monotonia seria isso e que coisa mais sem graça né? Imagine só? Crescimento de caráter zero, crescimento intelectual, espiritual zero. Não, de fato não é exatamente isso que eu queria. Mas eu fico pensando, inclusive até lembrei de um trecho de uma música do Titãs antigo, me permite? Você não precisa o blog é meu, tentei ser educado; "A gente não quer Só dinheiro A gente quer dinheiro E felicidade A gente não quer Só dinheiro A gente quer inteiro E não pela metade..." Eu gostaria sim de ter minhas coisas, de uma maneira equilibrada. Mas isso não acontece há tanto tempo que as vezes eu realmente paro, penso e ... e... continuo pensando. Pensar demais leva à loucura, procurar a resposta para tudo leva à loucura. Viver a vida de maneira desregrada leva a consequências tão graves quanto. Há quem diga pelo menos que quem é louco, não sabe que é louco. Então, talvez ser louco não seja de todo tão ruim, pior é estar são percebendo sua sanidade se esvaindo perante seus pensamentos, sua forma de ver a vida, questionar a realidade e criar conceitos sobre ela. Eu trabalho, consigo meu sustento não apenas monetário mas também o que faz meu coração acelerar, a guitarra, o violão. A palheta, Jim Dunlop 2.0 mm, cordas vibrando, vibratos e bends, esfregar a guitarra como uma lavadeira enfurecida na sua função. Ou fazer ela chorar gentilmente. É uma questão de estado de espirito. O pior é quando você está tão contrariado da sua vida, pois foi tudo tão instável, que você nem ânimo para fazer o que ama encontra. A arte de se contrariar, levantar a bunda dessa cadeira e tocar guitarra, tá tudo aqui, guitarras de todos os tipos, guitarras com preços de carros, pedais, efeitos, tudo pronto para ter o maior rendimento possível mas hoje vou dizer que "estou pela metade". A vida andava de maneira simétrica, sequencial e tranquila até essas surpresas do dia-a-dia aparecerem. Eu tive um forte momento de epifania, como em outras ocasiões na vida: Comida, roupa lavada, banho quente, emprego estável, okay, agora é manutenção disso tudo. Porém, a teoria do equilibrio veio e ceifou novamente aquele velho sonho. Sonho que carrego comigo desde que eu encontrei ou pelo menos ACHO que encontrei meu lugar no mundo. Bem, eu sinceramente estou ficando saturado pois a impressão que me dá é que sou só eu que passo por isso. Eu vivo de maneira unortodoxa, um hermitão moderno. Mais uma vez na vida, a impressão que tenho é que essa lei não vai falhar, ela foi rápida, ela costuma nos dar um tempinho para aproveitarmos a derradeira brisa, a sensação de queda livra por alguns instantes mas aí ela te força a abrir os olhos e te mostra um chão áspero, cheio de pedras, ríspido e de aspecto ardiloso. E agora é uma questão de instante até você se lembrar quem é você realmente, qual seu papel aqui, o quê você teve que aprender disso e antes que seja tarde, de um jeito pois o chão está cada vez mais próximo. Porquê? Porquê tinha que equilibrar. Você não pode trabalhar Cyro, ter sua vida tranquila ainda, você tem mais ainda pra aprender. Não acabou seu treinamento, você encontrou alguém talvez seja temporário, talvez seja pra você pegar mais uma liçãozinha aqui, você se acha bom por ser diferente por não viver como os outros. De fato, eu tenho muito orgulho de não ter essa coceira de urtiga que todos que eu conheço tem. Pelo menos eu consigo sofrer sentado e quieto, o que me dá uma margem de segurança de que eu não vou fazer uma besteira extra. Pois é, estar triste ou à mercê da emoção, nos leva a falar, fazer coisas imbecis. Minha imbecilidade fica guardada pra mim e aí entra o "The Old Trash Bag". É, o velho saco de lixo virtual. Entram as guitarras, entram rituais estranhos como dormir demais, ver filmes e comer, fumar cigarros e saborear cafés. Se bem que, isso eu faço de qualquer forma, mas, enfim o que muda são os estilos de filme e literaturas que recorro e o tipo de conversa que tenho com as pessoas. No fim das contas, eu queria tanto explicar o que se passa no cerne do meu ser, no âmago do meu ego mas, ficou tudo pela metade também. Então, não ficou resumido pois não há como resumir a vida a vida não é resumida e eu não faço questão de resumi-la para agradar vocÊ ou ninguém só para me assegurar que vocÊ não vá ter preguiça e ler, vamos lá, você pegaria uma revista caras, home&health e veria dicas para deixar sua perna torneada e mais uma das milhares de edições de como deixar a barriga sarada. Pela metade novamente eu estou, o que eram interrotações na minha vida, viraram exclamações. Porém o que eram exclamações, podiam estar afirmando outras coisas e talvez as interrogações que eu coloquei foram dispostas de maneira errada, eu deveria ter colocado uma interrogação aqui, outra acolá enfim, uma parada cada fim específico e talvez as exclamações estariam certas e triplicadas para cada interrogação, afirmando categoricamente, com autoridade certas coisas, certos pensaments que se recusam a mudar. Bem eu não joguei a toalha ainda, sou novo, ainda posso ser espremido, como azeitona para Cristo, e a parábola das Noivas que ficaram sem óleo para sua viagem. Espreme Senhor, se for essa tua vontade, para honra e glória de teu nome, que eu seja esse azeita, que eu acenda essa candeia, que faça bom uso de mim pois bem sei meu papel aqui. Vosso filho morreu não para que sejamos servidos, sei bem que meu papel é servir. Mas você poderia descomplicar as coisas um pouquinho pra mim? Só um pouco, eu quero respirar um pouco, quero fôlego. Quero entender algumas coisas. Vou refazer meu pedido, não quero que descomplique mas me dê discernimento, não precisar tornar nada mais fácil, nem a dor mais fraca faça de mim mais forte. E dá me algo por inteiro, para que eu prossiga essa empreitada com ânimo e vigor.