domingo, 28 de agosto de 2011

Tudo se resolve(?)

Olá, são quase 20:00, dia 28 de agosto 2011. Ao terminar receio que serão pra lá das 20:00, bem pra lá pois estou com uma das minhas guitarras no colo. E conversando com algumas pessoas. As janelas piscam, gente que eu anseio por falar, gente que eu receio falar, e gente que eu simplesmente não estou com paciência para falar.
É ué, quem me conhece sabe, sim eu sou o Cyro bonzinho e risonho mas que atire a primeira pedra quem não morre de preguiça de determinadas pessoas.
Bom, eu coloquei um título, vou tentar ser mais objetivo e não perder o foco nele.
Eu esperava por determinadas respostas, sinais que me levassem a tomar certar atitudes, questionei, perdi noites de sono, pensando onde eu errei, se errei, se o culpado fui eu. Esperando um sinal, e eu falei para valer, quando se trata do coração, o orgulho deve ser moído e despedaçado em 1000 pedaços, e destroços por todos os cantos. O orgulho é doentio e cria certas barreiras entre nós e coisas que podem nos trazer felicidade, não digo para não ter orgulho de nada. É bom, acho que a palavra mais conveniente seria honra, e caráter. Por orgulho, eu já perdi muitas coisas boas. A oportunidade de dizer não quando precisava, de ouvir não e saber lidar com ele quando precisava também. Deixei pessoas partirem, e enfim. Se tratando de um relacionamento, hoje as pessoas se revestem de armaduras, máscaras e retiram pedaços podres seus, passam verniz nas partes boas ou pelo menos as que julgam boas para certas ocasiões, para que soe bonito para a outra pessoa. Porém, quando elas se descobrem realmente, passa a época da paixão, as máscaras caem. Essa armadura que somos revestidos também. Aí vem a realidade, e bem, muitas vezes descobrimos que a pessoa não era exatamente aquilo que imaginávamos porém, se realmente há um comprometinto emocional elevado envolvido entre ambas as partes. AMOR. 4 letras, fáceis de falar, talvez seja uma das primeiras coisas que aprendemos a falar na vida. "Fala eu amo a mamãe filho!". Ela é fácil de falar quando tudo está bem, depois ela se torna um fardo pesado, as vezes nos arrependemos por termos disparado essa frase de maneira precipitada ou ávida. Porém, não tem problema pois até hoje ninguém soube realmente definir o que é amor, cada um tem seu conceito, e algumas pessoas por sinal tem conceitos bem doentios, acreditem. Bem, quando eu amo, eu vou até o final, não apenas nas partes boas "Não basta a boca, é preciso beijar os ossos para provar que eles existem!" . Enfim, as pessoas na sociedade contemporânea tem medo de dizer o que realmente sentem em relação um ao outro simplesmente por medo do feedback, "ahhhh ela vai me achar louco, ela não pode saber que eu estou na dela, tenho que saber cadenciar isso". Gente, isso não é um jogo. É sua felicidade em jogo.
Tudo se resolve, por conta própria, como o cutelo que separa a carne, assim a vida me separou de pessoas que eu amava. Eu não escolhi, e talvez nem tenha gostado, mas tive que aprender a conviver. Pois muitas vezes eu fui o responsável. Cabe a mim aprender algo com isso e não repetir isso. Diferente dos peixes, nós temos uma memória boa da dor, então, não precisamos morder aquela bela isca sempre que a vermos para nos ferirmos e sangrarmos como tolos.
Mais uma vez, uma fase terrível caiu sobre mim, porém eu fico feliz com a maneira que eu lidei com isso. Não banquei o machão e não ofendi, nem fiz coisas do tipo. Eu até mencionei, que esperei sinais, mesmo sabendo, de alguma forma algo me diz que minha parte eu fiz. Eu tive êxito em cumprir minha missão. Eu não gosto de apontar tão diretamente essas coisas porém eu tenho uma convicção que tal pessoa não lerá isso, mas o outro lado da corda estava fraco e cedeu.
E aí as pessoas vinham com comentários. "Aguarde, tudo vai melhorar" "Você é um cara legal, você é isso, você é aquilo". Se o tempo fosse remédio, a farmácia venderia relógios e todos teriam rolex em casa. O fato é a experiência que vamos criando nessa parte. Eu percebi que em determinado momento o pior poderia acontecer, e comecei a fazer um movimento contrário, sabia que minha felicidade era responsabilidade minha, e de mais ninguém. Comecei a me contrariar, quando estava triste, CAMA? Não, tirar todas as roupas do armário, da gaveta, lavar louça. Não é bem um passeio na Disney mas você ocupa sua mente e faz algo edificante, alguém vai ficar feliz em ver que está tudo limpo. Fazer comida para seus parentes ou cônjuge seja lá quem for, fará bem a você também. Eu me dediquei aos estudos, ao trabalho, aos treinos de boxe. Nada de maneira doentia e que me tirasse da realidade, mas não fiquei naquele estado de letargia, sem rumo. Tive fé, esperei um sinal que não me foi revelado, algumas coisas aconteceram mas nada efetivo dizendo que me revelasse "Cyro, vai lá e tenta de novo!". Deixei as coisas acontecerem, fui passear em lugares diferentes, conversar com pessoas diferentes, e me sinto feliz por isso, é uma honra saber que estou bem e consegui por conta. Não precisei de subterfúgios ridículos, que com o tempo se tornam enfadonhos, cansativos, prolixos e não me joguei de cabeça na primeira pessoa, foi realmente resiliência. Não precisei esperar alguém enfiar sua lingua pueril aproveitando de meu momento de fragilidade. E hoje estou bem, e aprendi muito com tudo isso, foi quase um ano. E legal, cuidar de mim me faz bem, também tudo de maneira ponderada mas sair jantar coisas diferentes, resolvi fazer tudo que sempre pensei em fazer ou algo que já fiz antes mas por algum motivo deixei de fazer por desânimo ou preguiça. Enfim, estou lendo muito novamente e estou vendo filmes, diversos. Filmes na realidade eu nunca parei de ver, mas fui à teatros, fui até o cinema, parques, as coisas simples da vida são sensacionais.
As soluções imediatas geralmente não prestam. Sair em baladas, bares, noitadas, ficar com desconhecidos ou conhecidos apenas por ficar, álcool, drogas, tentar acalmar os hormônios dessas formas. Bem, "A soma dos atalhos é o dobro do trajeto original".
Fiquem com DEUS.
Eu não sou uma autoridade em psicologia, embora tenha anos de terapia, e em instituições, institucionalizado. Não sou uma autoridade sequer em sociologia, filosofia, mas a força que precisamos está em nós, e no meu caso além de mim, eu resolvi depositar todas as moedas que sobraram dessa loucura toda em Cristo.
Não sou aquele CRISTÃO de ofício que está lá todo dia na igreja, gritando e falando "ALELUIA IRMÃOS". Com terno, gravata e bíblia embaixo do braço, entoando louvores com alaúdes e harpas, nem nada. Eu apenas confio, e confio muito, e interpreto o que leio porém tendo não manipular as coisas à meu favor, mas também não levo tudo à ferro e fogo como já foi um dia.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Momento de retirar-se.

Inconveniente eu me tornei. Tive um sonho pra lá de esquisito, 5:40 e alguma coisa acordei. Ainda, consumido por uma sensação vazia. Eu vejo pessoas que passam diariamente por coisas semalhantes, francamente elas buscam alternativas rápidas.
E adivinhem? Funciona. Não sei se a longo prazo mas.
Vamos analisar as coisas com muita calma. As pessoas saem, vêem seus amigos, fazem compras, tudo que é lúdico convém, tudo que afasta as pessoas dos pensamentos perturbadores trás resultados efetivos. Eu gosto de uma frase que Alan Harper, irmão de Charlie Harper da série "Two And a Half Men" falou, quando Charlie pergunta se a Judith já tinha esquecido ele, se não me engano foi a primeira temporada, um dos primeiros episódios. Alan responde "Judith me esqueceu enquanto eu ainda estava fazendo as malas". Quem me dera ter essa frieza, como diria o narrador Silvio Luis, esse "DNA DE CENTROAVANTE". Eu tentei, me esforcei um pouco, sabe, eu percebi minha sensibilidade rapidamente. Eu trabalho com música, escuto música o dia inteiro lecionando e em meus treinos e estudos diários. Parei para ler uma letra ontem, meu aluno irá se apresentar no Recital que faremos pela escola de música. "Please Forgive Me" do Bryan Adams. Eu não sou fã de Bryan Adams. Admiro seu timbre de voz rouco, na realidade é esganiçado porém ele dá as notas dentro do tom, sem aquela técnica apurada, vocalizes, intercostais e belos tremolos, mas tem seu charme. Engraçado como a música é estilo Rádio "Ouro Verde", "Lumem FM", etc. Mas a letra falou comigo.

"So, if you're feeling lonely, don't!
You're the only one I'd ever want!
I only wanna make it go,
So, if I love you
A little more than I should

Please, forgive me
I know not what I do
Please, forgive me
I can't stop loving you
Don't deny me
This pain I'm going through
Please, forgive me
If I need you like I do
Please, believe me
Every word I say is true
Please, forgive me
I can't stop loving you."

Até aí tá bom. No caso, eu pensei em mudar o SUJEITO.
Eu me devo desculpas, eu me devo perdões. Por esquecer de mim, acreditem ou não eu esqueci mesmo em algum lugar por aí e eu não estou achando.
Há quem diga que nada melhor que o tempo, ter fé, crêr, esperar toda essa ruína sublimar, a poeira dissipar. Porém, porquê eu não tenho essa força interna como as pessoas para simplesmente seguir adiante? Seria o caso de eu criar uma rotina fora do meu padrão, virar um robô por alguns dias, talve semanas ou meses até eu esquecer o que se passa aqui dentro? Já me ensinaram, a entrar em contato com a dor. Me sinto com os dois dedos molhado, um no positivo e outro no negativo, para aumentar a condutividade, molhados. Bem, na qualidade de Cristão que sou, não sou o melhor exemplo a ser seguido. Mas creio que isso tem que haver alguma resposta, algum aprendizado maior para isso né? Pois, não é a primeira vez. Nenhuma é igual a outra mas essa dor sempre parece doer tanto quanto a primeira vez. Eu imaginei o contrário, imaginei que quanto mais velho, mais experiências eu teria vivido e sendo assim, maior autoridade eu teria no assunto, maior "tarimba", maior cafice eu não sei, maior planejamento não é bem a palavra mas, enfim. Como dizem por aí, caleijado mesmo, imaginava um Cyro caleijado. Porém, quando já estava envolvido de cabeça, corpo e alma, sabia que nem com o maior dos calos eu iria ter estrutura para suportar esse estrago. Bem, eu não sei também o que eu andei fazendo para ter tanto tempo de pensar nisso tudo, eu mantenho a mente ocupada mas, é impossível mantê-la ocupada 100% do tempo.
No fundo, tem um lado de egoísmo da minha parte também. Eu penso o quanto me doei, e não dúvido do outro lado o quanto fez e o que fez por mim, eu não sou fácil como afirmava ser. Porém, é tão estranho eu fiz de tudo para não ter informações à respeito mas porquê essas pessoas sem vida própria vêm até mim contar as coisas? Eu não entendo, simplesmente não entendo. Se por acaso achou que isso elevaria minha autoestima ou me daria alguma injeção de ânimo falar que essa pessoa está feliz e está por aí fazendo isso, e aquilo. Nossa, você só girou mais um pouco essa "butterfly curvada" que estava cravada em mim.

Por isso, SENHOR JESUS, eis aqui o seu filho, sei bem que sou pecador. Fiz uma aliança contigo, e sou grato por ter salvo a minha vida, pelas bençãos que o Senhor me dá a cada dia, exatamente como o maná no deserto quando Moisés percorria por ele. Manhã após manhã, dia após dia o Senhor me dá a dádiva da vida, me dá o vigor , me dá condições de ter comida e acima de tudo dignidade. Obrigado. O Senhor é o grande provedor da minha vida, sem ti, bem sei que sou apenas pó da terra e nada daqui carregarei comigo. Porém, restaura-me, como veterano de guerra, como soldado sem condições de ir pra luta, assim me sinto pai. Condições físicas eu sei que tenho. Eu quero voltar a sorrir, há uma data importante se aproximando, o casamento da minha irmã, eu deveria estar entusiasmado, o Recital da escola de música, trabalhos novos surgindo. Mas, de nada vale se não houver amor nisso tudo, de nada vale se eu fizer isso tudo como "mais um dever", mais uma etapa a ser cumprida. Não, isso tudo deve ser feito com entusiasmo, com felicidade. Pois foi assim que o SENHOR me fez, me criou uma criança audaciosa, astuta, extrovertida, ousada. Onde foi parar minha ousadia? Onde estará aquele Cyro que por volta de um mês, tinha problemas, mas tinha brilhos nos olhos. A chama nesses olhos estão apagando, não permita Senhor.
Vigilante serei para que não perca novamente minha essência, obrigado Senhor.
Sei que me ouves, e em meu desânimo e falta de fé, minha obediência é o que me guia.
Marcado com o sangue do cordeiro, em nome de Jesus Cristo da Nazeré. Amém.

"Mil cairão ao teu lado, dez mil cairão à tua direita, mas tú não serás atingido."

sábado, 20 de agosto de 2011

Histórias diferentes, finais iguais.

Bem vindos novamente, ao meu mundo. Sim ele é privado, é restrito porém aqui eu abro algumas das minhas peculiaridades para você, não que você se importe com as minhas coisas. Algumas pessoas me pedem conselho, outras gostam de ouvir minha opinião sobre o mundo, esses dias foi dia do Filósofo Dia 16, até um parabéns eu ganhei. Uma menção honrosa pelas filosofias cretinas estilo "Segredos de liquidificador". Esquece, se eu explicar o porquê eu apliquei esse termo piora, ainda mais porquê eu não gosto do Cazuza.
O título revela algo muito engraçado que acontece na minha vida, os ciclos dela.
Não sei como é a sua, eu sou muito jovem ainda na verdade. Tenho 25 anos, estou há 3 meses e alguns dias de fazer 26 e não sinto muito ânimo para ele. Não, não estou dizendo quero morrer nem coisa do tipo, apenas que não estou animado como de costume por mais um aniversário. Creio que será um dia comum, comeremos algo diferente aqui em casa como de costume, eu ganharei algumas coisas haha (espero também, porém, o que eu mais almejo é a paz até lá.
Não me preocupo como muitos "Uau, estou indo para os 30". Para mim é ótimo, estou completando mais uma volta em torno do sol, vivo e com um ano a mais de experiências e bagagens que posteriormente podem me ajudar nesses ciclos. Vamos aos ciclos.
Eu fazia uma série de coisas, sabia que elas me faziam mal. Hoje eu limei boa parte delas, porém uma série de acontecimentos que ocorrem num dia ocioso qualquer, num acaso, me lavam a esse ciclo. Não por instito, sim por opção, relacionamentos, mais um, frustrado e mais uma vez em uma época que eu tinha cerrado os punhos e dito para mim mesmo "NÃO!". Porém, o amor é como um cavalo desenbestado. É como correr atrás do próprio rabo. Um homem como eu, leva uma vida pacata, e põe pacata nisso. Hoje meu sábado foi bom, eu toquei guitarra o dia todo até arrebentar a corda da minha guitarra, com um pouco de preguiça e certo cansaço resolvi fazer uma pausa. Conversei com meus pais. Enfim, eu procuro não me atrasar para o trabalho pois isso me leva a uma extrema ansiedade, correria e pressa e afeta todo o resto, eu atraso uma aula aí por sua vez, ela não encerra no horário. Agora essa maldita invenção do Facebook, que li uma matéria que até o msn está ameaçado de extinção devido à esse chat rápido e dinâmico do Facebook. Você não precisa instalar nada no seu computador e você tem todas as opções que necessita para um chat, possivelmente uma foto para enviar, um video, ele já cria o hyperlink, e se trabalharem um pouco melhor e fizeram algo efetivo que não promova uma "epidemia" de trojans e vírus por aí, receio que poderemos até mesmo usar o facebook para transmitir outros dados.
Ai eu vejo janelas piscando, por curiosidade vou ver o que é. Tenho ligações perdidas, fico trocando sms e ligações e perdendo tempo. Msn piscando, vou ver o quê é. E na realidade a gente não faz isso à toa, aliás, retiro "a gente", EU. Eu não faço isso à toa. Sempre a espera de boas notícias, relacionadas a pessoa amada, ao trabalho, que surjam mais trabalhos, alunos para dar aula, e alguns caprichos pessoais. Já imaginou quanto tempo eu gasto com isso? Eu sei até o que me leva a isso hoje em dia, é a falta de TATO, contato físico com as pessoas, o ambiente que eu me sinto bem é trabalhando, cara a cara com um aluno, ou aluna, e sei que sou bem quisto onde trabalho, rimos, eu até fico até mais tarde lá conversando e falando besteira com o pessoal. Pois voltar pra casa me leva novamente a esses rituais que eu não vou chamar de rotina pois eles não podem virar. Eu quero me afastar um pouco da internet, porém até mesmo meu trabalho envolve isso e envolve demais.
Os clientes que querem fazer aula ou algo relacionado a gravações não sei porquê, raramente passam a mão no seus telefones e ligam. E aí, vem meu vício. A nicotina e a cafeína. Antes de fazer alguma coisa, eu gosto de fumar um cigarro antes, esfriar a cabeça e depois ir até onde devo ir. Seja trabalho, seja o que for. A academia é um ambiente agradável, estou me tornando o pugilista que eu sempre quis me tornar, e até mesmo no MMA, gostei muito dos elogios e não digo isso com ORGULHO, orgulho é doentio, digo com honra. Após o treino perguntaram aonde eu treinava e tudo, eu falei que simplesmente fiz algumas aulas experimentais, treinava com o Celso no bairro com heavy Bags e aparadores porém nenhum instrutor profissional. Foi bom, não, eu não quero lutar e ficar com a cara amassada e nem posso, tenho que estar um pouco bem apresentável, e com uma cara um pouco menos de "louco". Já estou com um cavanhaque estilo Dimebag quase, não tão grande mas está bem grande, e costeletas ao estilo Abraham Lilcoln, Rory Gallagher sei lá. Eu gosto. Minha mãe me perturba tanto para eu fazer a barba mas, eu gosto de ficar assim. E os ciclos, bem eu consegui quebrar algumas barreiras em relacionamentos, não fui mais ofensivo, não como outrora xingando, dando uma de machão e xingando e fazendo absurdos baixando o nível. Tentei ser o mais sensato o possível, porém olha que legal, TODAS terminaram por telefone. Os caminhos foram diferentes, e eu percebi que algumas coisas em mulher são realmente fatos consumados, elas necessitam de carinho e ser paparicadas e estar em primeiro lugar na sua vida, por mais que elas digam que querem o seu bem, elas querem ser sua primeira opção em tudo, nada contra isso. Eu também quero, eu gostava quando eu tinha que viajar para tocar por uns 5 dias, e o desespero dela(s) ligando dia após dia para saber se eu estava bem, e coisas do tipo. Enfim, eu fui mimado desde que cheguei à terra. Ao sair do ventre da madre. Já comecei a ser mimado. Pois eu sou o vilho varão, era tudo que meu pai queria. Um homem para fazer compania para ele nas coisas. Eu fiz o que pude, me perdi pro alguns anos mas chega de falar nisso. Não vou dizer "é fase" porquê meu caso foi mais grave, minha vida ficou em jogo, e outras também. Eu hoje em dia falo, afirmo, pois eu quero esquecer essa idéia de que serei mimado novamente, de que ficarei ouvindo palavras bonitas, pessoas que façam eu sentir coisas boas e façam elogios que por mais que sejam exagerados, deixam você com os pêlos arrepiados e te fazem sentir alguém dez vezes melhor do que você é. Eu não négo, não sou falso humilde ou não vou anunciar minha falsa modéstia. Eu sou uma pessoa boa, mas isso não é motivos para menções honrosas, medalhas e troféus. Se eu era ruim, a vida por conta própria deu um jeito de baixar minha bola. Um baita tapa nas fuças. Na realide, eu criei uma paixão, um amor que não conhece fim por CRISTO. Isso me impõe limites por conta própria, antes de eu fazer qualquer coisa, as vezes eu não penso faço brincadeiras com amigos, porém eu não passo dos limites com quem não tenho intimidade. E eles comigo também, então receio não ser lá uma afronta. Mas, eu finalmente estou fazendo papel de filho, irmão, cunhado, e hoje eu creio que finalmente tenho experiência, respaldo, conhecimento técnico, teórico, prático, enfim tenho tarimba para ser chamado de PROFESSOR.
Engraçado, porém esses ciclos eu já ví, não em mim, em outras pessoas. Elas se vigiam por um tempo, fazem promoções de sí afirmando com certa autoridade e sendo efetivas, NÃO, EU NÃO SOU ISSO E NÃO FAÇO ISSO. Após um tempo elas estão fazendo tudo de volta, poisa vida leva elas a isso, receio que é caráter, personalidade. É algo difícil de mudar, acho que apenas com chacoalhões, e com muito joelho no chão. Sim joelhos no chão, pedir a DEUS que nos molde e nos faça uma pessoa melhor.

Um fato, é que hoje ninguém falta com respeito comigo como antigamente. Eu dava todos os motivos do mundo lógico. Tudo bem, passar apertos aqui, e ali. Eu já vivi isso antes e sei que é passageiro, eu quero simplesmente uma coisa. SERENIDADE, PAZ. E aceitar a vida como ela é, sem momentos de epifania e sorrisos bobos.

Vou ser mais claro através de uma parábola, não sou CRISTO, ele é o rei das parábolas, acabou de me passar uma pela cabeça.

Eu estava numa bela ilha, quão bela era ela. Ela ainda é, porém eu fui expulso dessa ilha, não sei, a maré enxeu, começou a chover demais, não estava dando para conviver lá, eu fiz o possível me revesti de palmeiras, me protegi por entre as rochas para a água não me alcançar, porém eu tive que deixar essa ilha, contra minha vontade.
Eu fui expulso da ilha.
Na primeira semana, foi engraçado, eu ví arquipélagos, ilhas tão belas.
Umas grandes, bonitas em algumas coisas, outras menores porém com certa beleza em outras coisas, e elas me traziam novamente aquele sorriso bobo e a vontade de levar meu barco até lá e tentar morar naquela ilha.
Porém, meu coração ainda pertence àquela vela ilha.
"Like a angry son that´s moving on... but he´ll never forget his home" - Disciple - No End At All.

Então, eu busquei fazer o possível para me sentir bem no meu barco, ali tem alimento, tem água, o suficiente para eu me segurar. É solitário? É. Precisa ser? Não necessariamente, à medida que minha intimidade com DEUS for crescendo, meu barco será tomado por tamanha felicidade, nitescência inefável e eu poderei continuar nesse oceano, até mesmo me afastar das ilhas. Pois nem mesmo ouro, nem a prata, nem honra dos homens, nada disso me convém no momento. Eu quero paz e minha sanidade mental. E sei que só ele pode promover isso.
Nada vai trazer de volta seu lugar, nada vai mudar, o tempo não vai voltar.

Então, se eu não posso habitar aquela ilha, me deixe velejar, em paz, até eu envelhecer em paz, e meu barco por sua vez envelhecer junto, podemos encontrar outra ilha num futuro distante, podemos encontrar a imensidão do oceano eternamente, ou podemos até mesmo ir de encontro com as rochas. Desde que ELE esteja comigo. E eu entenda minha condição, eu sou diferente, sou difícil de lidar. Tudo bem.
Agora estou numa fase de encarar a realidade, as pessoas vão e vêm, é realmente confuso. É esse o ciclo, me chamaram hoje para certos eventos. Disposição zero. Meu quarto está quente, aquecido, e bem, as pessoas buscam a paz em lugares onde não agregam valores, não edificam a mente, a alma. Bares, baladas, pois bem, eu não estou aqui para julgar, não tenho tamanho poder. Eu tento passar adiante o que eu tenho dentro de mim, e fazer com que leis sejam cumpridas.
Pois na vida abaixo do sol, aprendi algo, o que colhemos, sem dúvidas vamos plantar. Se for uma colheita podre, não conseguiremos vender e nem sequer armazenar em nossos silos. Ficaremos apenas com podridão e não prosperidade que o belo fruto poderia proporcionar, ser passado adiante, outras pessoas poderiam provar, poderiam passar adiante seu fruto de mão em mão.

Esse é basicamente o ciclo. As soluções rápidas geralmente não são as melhores.
Não podemos tampar um câncer com band-aid. Não podemos viver a vida sem enfrentar certas coisas, de frente ou esperar que elas morram de morte natural. Em algum cantinho obscuro de nossa mente ela permanecerá, e acredite, em momento oportuno ou pior, momento importuno ela aparecerá.

Fiquem com DEUS! Ótimo final de semana!



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cansado

Ando cansado, outrora, estava cheio de vigor, para tudo, para todos. Eu fiz uma reflexão, por conta própria, resolvi fazer um inventário moral. Sou um sujeito realmente cheio de defeitos que açoitam meu caráter, e alguns deles estão arraigados a coisas, que levam a outras coisas e parecem não ser da minha alçada removê-los.
Soa estranho né? É um defeito de caráter, porém não é da minha alçada ou jurisdição removê-los. Pois é, resumir nunca foi meu forte, e receio que não será, mas tudo bem.
A vida não é resumida, isso não é um texto dissertativo para uma prova de vestibular, e eu já larguei a faculdade de jornalismo há com 19 anos, então, esse é o meu espaço convém escrever o que eu quiser. Bom, outro problema, FOCO, eu logo desviei a atenção do assunto que comecei. Cansaço não era? Sim, o cabeçalho ali em cima revela "Cansado". Eu ando cansado, de esperar, eu não quero dar uma de vítima, entre todos os sentimentos eu recuso seu sentimento de "pena" de mim. Eu sou fruto das minhas escolhas, sejam elas sensatas ou inconseqüêntes.
Eu não abro mão dessa opinião que eu mesmo cheguei, as pessoas não tem direito de reclamar se elas não fazem nada para mudar. Não me venha com algum contraponto apenas para contrariar "Lá no velho continente, tem crianças reclamando de fome, mas elas não tem o que fazer, por acaso, o que fariam elas para mudar. Sendo que, você disse que as pessoas não tem direito de reclamar se elas não fazem nada para mudar). Não quero saber de casos isolados, quero saber do dia-a-dia. Do que nos torna homens, ou do que nos torna moleques, ou o que nos faz cretinos, enfandonhos, maçantes, chatos. O que é muito valorizado em mim por muitos, para a pessoa que eu mais gostava era um câncer. Eu falo demais, extrovertido não seria a palavra. Receio que eu não fazia isso por egocêntrismo também. Após contados quantos minutos eu relatei alto sobre algum dvd, o Amazing Journey - as frases de Pete Townshend que foram sábias em relação a salvar sua vida quando as drogas estão na pole position da sua vida. A Amy Winehouse havia acabado de morrer. O meu bom humor, que antes era valorizado e essa pessoa falava que fazia bem, subitamente tornou-se algo horrivel, enfandonho realmante maçante, importuno, monótono e cansativo. Eu queria apenas puxar assunto, pois eu sabia que estávamos com uma granada na mão, bem. "Puxe o pino, eu estouro". Foi algo mais ou menos assim.
Eu me recuso a mostrar minha fraqueza, expor em público, porém isso está me cansando, tive momentos explosivos com pessoas que não tinham a ver com minha vida.
Promessas nunca cumpridas (ainda) na minha vida, em todas as áreas que se possa imaginar. Aí me fazia questionar, em relação ao universo, DEUS, e tudo mais.
"Ohhh que droga eu sou um pecador e por isso nada disso deu certo". Bem, o fato que eu tenho notado é que eu não tenho paciência. Eu não me vangloriava, mas valorizava muito o quanto eu trazia o bom humor para meu lar, o como eu levava a vida de maneira leviana e como as coisas pequenas me faziam bem.
Bem, após você acompanhar a vida de algumas pessoas mais de perto, bem de perto, você logo vê, você é realmente ultrapassado. Não me refiro a você, isso foi realmente se tratanto de mim.
Um cara que deseja formar uma família, não em qualquer acaso e por que simplesmente quer. Eu acho bonito tudo que abrange esse contexto. As pessoas surgem, mas ninguém me interessa, e eu evito fazer coisas precipitadas para não magoar essas pessoas. Eu controlo meus hormônios. Bom eu falei sobre situações da minha vida atualmente e creio que mais claro que isso impossível. Eu almejo fazer certas coisas, porém um lado meu, mandou não fazer. O casamento da minha irmã se aproxima. Eu tive gastos extras, e bom o dinheiro não me importa de maneira alguma, porém eles me ajudariam a realizar algumas dessas obras. Mas tudo bem, eu nem tenho porquê ter pressa.
Bom, após várias semanas sem me consultar com meu terapeuta, encerramos os anti-depressivos pois ele julgou ser o melhor momento para eu aprender a lidar com a vida. E sinceramente, não senti diferença nenhuma, já fiquei sem tomar aquele remédio por duas semanas e bem, nada mudou.
Então, se você pegou nas entrelinhas, entenderam como a vida se torna fatigante?
Estafa crônica, ir para lá, para cá. Sem rumo, o que me sustenta é a minha fé em CRISTO, de que isso tem algum propósito, porquê TEM que haver.
Pois eu olho todos lutando por algo, para fazer da sua vida algo maior, e eu aqui sentado apenas para manter ela no estado que está. Bom se eu ainda fosse o pródigo, maravilha eu poderia ser mimado, e não dormiria sozinho. E se eu chorasse teria algo para por na boca. É isso não foi muito delicado, fazendo jus realmente à descrição do meu blog. Mas até isso é um ciclo vicioso portanto não faço isso.
Eu amo meu trabalho e é a única coisa que me excita ultimamente e o Boxe, e as lutas, agora que entrei realmente pra valer pra coisa, minha vida deu um certo ânimo, porém essa semana tatuei meu peito, doeu, não mais do que essas dores na alma, mas pelo menos a terapia da agulha me afastou por alguns momentos de tudo.
Tentei acompanhar o ritmo de outras pessoas, mas sabe o que eu notei?
Eu não sou aquilo, eu não sou como eles.
Eu sou único, eu não gosto de sair mais, eu não gosto de emoções fortes provenientes de certas ocasiões tais como, uma balada, um rolê por aí. As emoções fortes que eu sinto, são mais tênues e mais simplificadas, e eu gosto. Voltei a ser aquele velho cara de 2010, tocando guitarra 8 horas por dia, e vendo algum filme de madrugada, ou dois. E final de semana? Sem expectativa. Para nada, afinal de contas, o final de semana é como o dia da semana pra mim exceto porquê todos estão em casa em tempo integral, mas ainda assim, eu mal os vejo.
E eu sou ambíguo, porquê no fundo no fundo eu gosto disso. Eu sei porquê me tornei esse lobo solitário, porquê eu tive que salvar minha vida uma vez, o que mudaria meus hábitos. Falaram que não precisaria ser para sempre, apenas até eu criar raízes fortes e estar bem para poder pertencer àqueles contextos. E eu não quero, eu vejo certas pessoas em momentos mais apropriados, não em datas específicas para isso criando grande entusiasmo como antigamente "Vai ter um show de não sei quem UAU vamos, estarão lá, ele, ele, ele, ela...".

Eu canso de levar a vida assim, mesmo gostando, ela com o tempo se torna nociva.
O que muitas vezes me leva a tomar conclusões ávidas e sofrer mais no final.
Ninguém jamais vai me entender, eu ainda sou carente, eu ainda gosto de brincadeiras estúpidas e gosto que me mimem, que me façam sentir algo realmente a mais do que eu sou, gosto de alguém que me bote pra cima, mas essas pessoas fogem da minha vida. Eu realmente devo ser insuportável. Isso me faz lembrar a frase de uma música "Crazy people die alone".
Bem, eu estou trabalhando minha mente, trabalhando MUITO para acostumar ela que minhas condições são diferentes e eu devo ficar sozinho. Eu posso falar com pessoas aqui, e ali, talvez arriscar uma coisinha diferente, abandornar o padrão.
Mas nunca mais deixar ninguém entrar no meu mundo, e eu no seu.
No final alguém sempre sai chorando, e esse alguém sempre sou eu. E bem, a maneira de me manter distante desses pensamentos esquisitos e dessa carência, é com uma guitarra na mão, é comprando pedais para guitarra, tatuanto, comprando roupas, fazendo desenhos de barbas malucos, baixando discos, e essas bobagens que são peculiaridades minhas, no boxe, e dormindo, conversando com CRISTO.
Apesar disso tudo, eu agradeço, agradeço muito, todos falaram, se tivesse um bookmaker, todos apostariam que aos 20, 21, máximo 22 eu estaria morto ou esquizofrênico. Bem, mais 3 meses e alguns dias e eu já faço 26.
Fiquem com DEUS, ótimo dia para todos!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

As duas faces do relógio. Parte 1.




O tempo pode machucar.

"Olhando pro futuro, através de um retrovisor"

Pois é, hoje, dia 02 de AGOSTO de 2011. O que esse dia representa? Aparentemente nada, ou quase nada. Para mim é a vitória novamente. O triunfo de vida sobre a morte, DEUS sobre as trevas. Bem, eu comecei a pensar, Rodrigo Ponce com suas frases marcantes. "Pensar incomoda como andar a chuva quando o vento cresce e parece que chove mais."
Pensamentos, não tem como fugir deles, eu bem que tento, quem não tenta? Mas eu lembro muito bem, pois eu faço terapia há tanto tempo, desde os 18 anos. Estou caminhando a passos largos para os 26, diria que estou quase numa crise de 1/3 de idade, talvez menos pois nem eu sei os danos que causei ao meu corpo. Alguns são crônicos, irreversíveis, não sei quão debilitado estou por dentro. Fiz coisas que jamais imaginei que faria, em meu auge de sofrimento e angústia o qual eu jamais imaginei que passaria em minha mais tenra adolescência. Lá estava eu, ao contrário dos outros voltando das baladas sábado, domingo, segunda, terça, para mim não tinha dia. Inicialmente eram finais de semana, após isso tudo se perdeu, eu perdi minha identidade, eu não sabia quem eu era ou o que fazer, não sabia como lidar com uma falsa imagem que criei de mim. Querendo ou não, eu me tornei uma figura pública, as pessoas me pediam autógrafo, hoje em dia eu penso, por quê você está pedindo um autógrafo pra mim? Eu naquela época sequer tocava 1/10 do que eu toco nos dias de hoje na guitarra. Eu nunca fui aquele rostinho bonito, eu era apenas diferente, e não porquê eu queria ser diferente, e sim porquê eu era. Cresci em lugares diferentes ouvia músicas diferentes e tinha interesses diferentes, eu deveria pegar a caneta e mandar as pessoas irem embora ou falar "Porquê você está pedindo autógrafo pra mim? Você por acaso sabe o monstro que eu sou fora do palco ou no dia-a-dia e o quanto você está alimentando esse monstro com esse pedido? Eu que te devo um autógrafo. Pois você estuda, trabalha, você sabe ser filho (a), irmão, pai, tio, e tantas outras coisas que eu não estou nem perto de ser."
Bom, com tanto tempo em cárcere privado vamos dizer assim, foram 15 idas para me reabilitar e começar a entender o que é sociedade, e deixar de ser marginal. O que constitui o marginal? Viver à margem da sociedade. Assim eu vivia, à margem da sociedade. Eu afastei aqueles e aquelas, que mais me amavam e eu tinha um sentimento ambíguo por cada um deles. Ficava com ódio pensando que me abandonaram possivelmente no momento que eu mais necessitava, e amava pois bem, esses tempos uma pessoa me perguntou porquê você me ama? Eu fiquei sem resposta, balbuciei, gaguejei e não respondi como deveria. E sinceramente o amor não é algo que você responda "eu te amo por ISSO!". Ele nasce e cresce e evolui. Mas, o amor tem vida útil para muitos casos.
Como ter paz em meio ao caos, como aprender a ficar calmo dentro diante disso tudo. Minha maneira era a mais lógica de todas, eu procurava o que não havia dentro de mim, aliás, havia, mas eu não sabia que eu tinha ou talvez soubesse mas nunca consegui me agarrar àquilo. Uma areia movediça, eu acendi uma vela e apaguei, não sei o quanto dela já queimou, por isso não me atrevo a acender novamente. Pois DEUS me deu sonhos, e DEUS só nos dá sonhos como a bíblia revela em Êxodo para Arão, DEUS prometeu tudo pra ele, ele só tinha que ir e fazer o que DEUS lhe ordenou. Ele se agarrou justamente em seu ponto fraco. Ele não era bom em articular as falas, era gago, e não pensou no que tinha de bom, era um homem temente a DEUS, de boa conduta, bem vestido e como revela a bíblia, ele tinha boa aparência. Por isso Moisés foi essencial para ele. Josué, DEUS deu uma voz de comando a eles, a Jonas enviado para Ninive por Naum, pois DEUS ordenou também, VÁ, EU ESTOU CONTIGO. Eles temeram. Mas a obra foi realizada. Se nós não fizermos, alguém o fará. Não há como fugir disso.
E bem, hoje eu parei, almocei, e aproveitei a tarde livre o que graças a DEUS tem sido raro ultimamente, fui ver meus cães. A Hiena e a Cindy, temos um espaço grande lá atrás, porém o Canil nem tanto. Meu antigo sobrado no Jardim das Américas, lá tinha muuuuuuuuuito espaço e elas ficavam soltas. Eu olhei os dentinhos da Hiena (Kiki), estão amarelados, os pelos caindo, ela está magra. E ela apresentava sinais claros de depressão. Mesmo solta, ela resolvia voltar pro canil. Um cão que vivia conosco dentro do lar, ficava deitada no sofá conosco, hoje está lá, só é visitada para receber sua comida e sua ração e esporádicamente meu pai as leva para passear, e obviamente para a limpeza do canil, momento o qual não recebem a devida atenção. Meus amigos mais antigos sabem, o quanto eu era apegado a ela, viamos o video de skate, da 411, uma propaganda da Element onde o cretino (eu não gosto dele) do Bam Margera agarra um cachorro no colo. Eu treinei a Hiena, e ela estava fazendo isso, nossa, que cão. Pois é, ela retornava para o canil mesmo com ele aberto, é triste.
Foi aparecendo um outro cãozinho, e outro,e outro, e logo o espaço dela foi se limitando a ficar apenas na área lá de trás no antigo sobrado, ainda assim era um espaço enorme, muito maior que esse que ela tem hoje. E eu fico pensando quando olho um belo cão "nossa que lindo, gostaria tanto desse cão!" mas, e aí o que será dos outros? A Polly não recebe atenção alguma, ela tem problemas mentais não permite ser acariciada muito mas dá pra ficar com ela pelo menos dando uma atenção, a Kiki e a Cindy foram pro canil lá de trás extremamente restrito. A Fuska não teve TODA aquela atenção, ela era grudada à minha mãe, porém surgiu o Pepeu, o Bubba e eles hoje em dia recebem as maiores fatias do bolo.
Essa parte de me anestesiar para todos os meus sentimentos, e perder tanto tempo da vida, me faz lembrar uma música de uma banda que ouvia, na época do Skate, na época das bandas da Epitaph, da Fat Wrech "The Lawrence Arms - 100 resolutions"

"Where have I been all your life?
Sitting on fences, a novocaine for all the senses.
Another year will pass us by.
Making sense of nothing, in defense of something.
I laughed too late and dug myself into a grave.
This year I'll try not to think too much.
This year I'll try to stand up for myself.
This year I'll live like I've never lived before,
this is my year for sure!"

Ela era ninja, não vou conseguir explicar as coisas que ela fazia, ela dava salto mortal, eu juro. Tenho testemunhas oculares, os malabarimos que ela fazia com a bolinha, ou com aquele pano que faziamos ela escalar a escadinha para o "Quartinho da morte" como chamávamos a minha edícula, o porquÊ do nome vocês devem imaginar, com certeza não nos reuniamos lá para tomar um refresco e discutir coisas sobre o planalto central, astrologia ou filosofia. Eu não sei o que pensar da vida, o tempo passa voando, e quando você se dá conta disso, é porquê realmente você deixou de viver algo plenamente, ou não viveu como deveria. Não consigo conter meus prantos, em pensar em quanto sofrimento ainda paira sobre minha mente em pensar em tudo que acontecia por lá. Eu tive de tudo que eu queria, empregos bons, eu era o legítimo playboy, ganhei uma Parati Crossroads 1.8 assim que meus pais acharam que eu comecei a dar sinais de melhora e retomei a faculdade e o trabalho, mas não demorou muito para eu me afogar em uma garrafa e parar com a cara nos pratos e com o "herbarium" todo por lá. Porém, o tempo é tão ambíguo, faz tempo que não frequento terapias, eu comecei a ver que minhas conversas com meu terapeuta, serviram apenas para reclamar das coisas da vida e resolvi perguntar a ele, Dr, me dê um retorno. E por incrível que pareça, ele falou coisas tão boas de mim. Falou que eu não conseguia antes ir 2 vezes por semana que era o que eu tinha que fazer, e há 2 anos e meio que é o tempo que eu estou limpo disso tudo, ele fala que eu sou um paciente que ele se orgulha, pois ele falou que temia pela minha morte, ou por minha loucura permanente. Desenvolvendo fobias, rituais de TOC, não podia ouvir uma sirene, enfermeiros, se estivesse deitado em minha cama tranquilamente não podia ouvir o tilintar dos talheres, alguém bater à minha porta fazia meu coração sair pela boca.
Pois é, o tempo foi bom até mais ou menos 2003/2004, depois, tudo virou lama. Mas o tempo é ambíguo, ele é muito bom, ele é muito ruim. O tempo é o Tommy Lee Jones no papel de "double face".